sábado, 14 de junho de 2025

Castelo de Cristal

Castelo de Cristal Ergui nas nuvens meu palácio frágil, De vidro translúcido e de espuma, E ali busquei, em solidão profunda, Os ecos de quem já não tem voz ágil. Falei-lhes dos meus versos, do meu hágil Coração que em estrofes se consuma, E as sombras, numa dança que perfuma, Murmuraram: "Que sonho tão volágil, Alma ingênua e ardente! Também nós Cantamos com fervor em outras vós, Mas tudo se desfez como neblina..." Silenciaram as vozes do passado... E desde então permaneço encantado No meu castelo onde a dor se cristalina. Marilândia

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