TR~ES SONETOS PARA PUBLICAÇÃO
Alma Inquieta A Luz Perdida A Luz Perdida, etérea, cristalina, Subitamente acendeu-se em meu ser, Como se um astro viesse a nascer Numa noite de trevas, quase em ruína. Arde em meu peito esta chama divina, E não consigo jamais compreender Como este fogo pôde florescer!... Destino... mistério... ou talvez, sina... Ó Luz que em mim surgiste sem aviso, Que importa se meus lábios sem sorriso Anseiam tristes pelo amor de ti?!... Desde que em mim brilhaste em noite escura, Voou minh'alma em busca da altura E nunca, nunca mais me reconheci... Marilândia Meu Cativeiro Meu Cativeiro é um palácio ancestral Feito de sonhos, sombras, fantasias, Onde o silêncio em mudas agonias Compõe versos de ritmo sepulcral. As horas têm lamentos de elegias Ao soar, dolorosas, seu sinal... E todas têm presságios de um final No lento transcorrer dos longos dias... Meu Cativeiro é um palácio. Há rosas De um branco empalidecido, dolorosas, Tão puras como nunca as colhi além! Neste triste palácio onde habito, Noites e dias sonho e sofro e grito, Mas ninguém sente... ninguém vê... ninguém... Marilândia Tempo que Foge Vejo-me só, desfeita e sem amor Como uma ave sem ninho e sem abrigo Mais triste e desolada que uma flor Que murcha sem conhecer seu amigo! Alma errante que ao mundo causa horror! Meu coração ferido, meu castigo, Meu coração sem luz é fel, é dor, Barca à deriva no Mar do Perigo! Que abismo tão profundo no meu ser!... Quantas esperanças mortas a pairar! Quanto anseio nascendo a fenecer! Céus! Como é vã a vida que declina... O momento fugaz, breve, a passar... Rio de lágrimas... a vida termina... Marilândi

0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial