Ode ao Maio Insurgente (publicar amanhã ou depois no grupo Florescer)
Ode ao Maio Insurgente Maio irrompe como uma revolução verde entre as fronteiras do inverno e do verão, enquanto as tardes se alongam como confissões adiadas pelo tempo. Tua chegada é um manifesto de cores, maio subversivo, maio de todas as metamorfoses, quando as ruas se cobrem com o alfabeto das flores e cada árvore é um poema vertical ao céu. Ah, maio! Teu nome tem a brevidade de um suspiro e a profundidade de um abismo florido. Quantas vezes te busquei nas esquinas do calendário para encontrar-te, rebelde e tenro, desafiando as leis da fugacidade. As chuvas de maio são como versos líquidos que a atmosfera declama sobre nossos ombros. Tuas tardes são reuniões secretas onde o sol e as sombras negociam territórios. Maio, general de exércitos verdes, comandante de insurgências botânicas, teu corpo é feito da matéria dos sonhos e da substância concreta das raízes. Eu te celebro, maio insurgente, com meu sangue feito seiva e meus pensamentos convertidos em folhagem. Em tuas mãos, o mundo renova seus votos com a eternidade fugaz de cada primavera. Maio é o mês onde todas as coisas conspiram para derrubar o regime da indiferença. E eu, como um soldado fiel à tua causa, me alisto nesta revolução de aromas e cores, para que a vida continue seu interminável ciclo de morte e ressurreição. Marilândia

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