segunda-feira, 26 de maio de 2025

Silenciosa Entrega

Silenciosa Entrega Eu guardo em mim a eternidade breve Das palavras que nunca se disseram, E no silêncio que entre nós se teve Cresceram flores que jamais morreram. Os meus suspiros são de sal e neve... Carrego no peito as horas que se foram... Foi do meu pranto doce que nasceram As estrelas que o tempo não se atreve... Oferto-te o que sou: a dor dormida, O véu das madrugadas sem aurora, A lua que é de prata, a alma ferida Que ainda pulsa e canta e se namora Com tudo quanto fez desta partida O verso eterno que em mim mora e chora. Marilândia

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial