sexta-feira, 25 de abril de 2025

COSTURANDO DIA 25 DE ABRIL

Com a urgência de todos os relógios e a paciência milenar das montanhas… Marilândia ____________________________ Procurando-te entre os silêncios que habitam minhas palavras, entre o fogo inquieto que percorre minhas veias e o mar tranquilo que descansa em meu peito. Amo-te sem saber como, nem quando, nem de onde, assim como o rio beija o oceano sem perguntar por quê, assim como a noite abraça as estrelas em seu manto escuro, assim te busco — com desespero e calma. Nas areias do tempo, teus passos são pegadas de lua, efêmeras como suspiros, eternas como memórias. Meus dedos, trêmulos como folhas ao vento, tentam capturar o que escorre como água entre as mãos. Quem entenderá esta dualidade em que me perco? Este tic-tac incessante que persegue meus sonhos, esta pedra ancestral que sustenta meu ser, este paradoxo de querer tudo agora e esperar para sempre. Sou como o relâmpago que rasga o céu em um instante e também a rocha que testemunha séculos de erosão. Meu amor é vulcão e geleira, pressa vertiginosa e contemplação serena. E neste universo contraditório que me habita, entre o efêmero dos segundos e o eterno das eras, entre o caos do desejo e a ordem cósmica, encontro a verdade mais simples: amar-te. Com a urgência de todos os relógios e a paciência milenar das montanhas, descobri que o tempo é apenas uma ilusão quando dois corações batem no mesmo ritmo ancestral. Marilândia

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