quinta-feira, 24 de abril de 2025

Ecos de um Sentir Profundo

Ecos de um Sentir Profundo Neste peito onde mora a dor antiga, Ecos de um sentir que não se acalma, Vivem contrários em perpétua briga: O vil pecado e a virtude d'alma. Ó coração, de enganos que pressinto! Teatro de paixões des_encontradas, Onde o amor ardente que hoje sinto Queima-me as veias já desesperadas. Com devoção contemplo a face amada, Mas logo o ciúme, qual veneno ardente, Torna minh'alma em fúria desgraçada. Que valeria ao homem ser prudente Se a razão, pelos sentidos dominada, Cede ao desejo, mísero e in_clemente? Qual falso espelho d'água cristalina Que esconde em seu fulgor lama e serpentes, Assim é do amor a face peregrina: Doce por fora, amarga aos penitentes. A graça do Senhor, que tudo ordena, Não salva esta mortal de vis tormentos, Pois sofre mais quem mais profundo pena No cárcere dos próprios sentimentos. Ai de mim! Que neste mundo transitório, No teatro de enganos mundanais, Faço de meu sentir meu purgatório. Marilândia

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial