terça-feira, 21 de janeiro de 2025

costurando dia 21

"Essas flores que aprisiono tombam entre os dedos..." Jô Tauil ________________________________________ Entre grades de ferro e concreto frio, crescem pétalas rebeldes, desafiando o vazio. São violetas que não conhecem a liberdade, mas ainda assim dançam com a brisa fugaz da tarde. Como podem ser tão livres, mesmo presas? Como podem ser tão vivas, mesmo esquecidas? Suas raízes penetram as fendas da prisão, buscando vida onde só há desolação. Margaridas brancas, rosas carmesim, prisioneiras do jardim artificial, cada pétala um grito silencioso contra muros que separam seu destino do infinito. Quem as condenou a esta sentença perene? Quem decidiu aprisionar a própria primavera? Suas cores são protestos contra o cinza, suas fragrâncias, mensagens de resistência. Ó, flores do cativeiro! Suas pétalas são asas que não podem voar, mas ainda assim tocam o céu com a ponta dos sonhos que não cessam de brotar. E mesmo neste exílio forçado, seguem pintando de beleza as paredes da solidão, provando que nem grades nem muros podem aprisionar a força da transformação. Marilândia

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