domingo, 6 de outubro de 2024

COSTURANDO POESIA

"Para que seja puro e pleno o meu voo" Jô Tauil ___________________________________ No abismo da noite, em silêncio profundo, Meus sonhos são aves que vagam sem fim, Vagam perdidos no vasto do mundo, Buscando nas sombras o teu céu em mim. Ó Voo etéreo, tão doce, tão leve, Que corta os céus num rastro de dor! És pranto da alma que em voos se atreve, A sonhar com um dia sem luto e sem cor. Meu peito é um campo de sombras e flores, Onde o amor é a lágrima e o vento, a paixão. Na saudade que aperta, em lívidos horrores, Meu voo se alça, buscando a ilusão. Quisera eu ser nuvem, ser astro, ser brisa, No etéreo desejo de nunca acordar. Cair sobre a terra, num lençol que divisa O céu que me chama, sem jamais me encontrar. Mas sou ave perdida, em voo noturno, Sem ninho, sem guia, sem estrela ao luar. Ó doce saudade dum sonho noturno Por que não me deixas enfim descansar?

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial