RE-APROXIMAÇÃO PARA PUBLICAR
RE_APROXIMAÇÃO No claro véu que a saudade tece, Sinto o amargo de um amor que padece. Era doce o encontro em horas serenas, Mas amarga a distância que agora condenas. Renasce em mim, como o sol renasce, A esperança vã de que o amor enlace As almas que o tempo, cruel, dispersou, Num abismo de dor que ele próprio cavou. Mas ai de mim, que do amor já canso, E no peito carrego o peso e o remanso De uma chama que arde, mas já não queima, De um amor que sangra, mas não requeima... O tempo é um carrasco que ri e assobia, Corta os laços, desfaz toda a alegria. Mas no fundo da alma ainda espero, Que o amor que findou não cause exaspero... Ó destino cruel, que ris da desgraça, Não vês que em meu peito só a dor passa? Mas de ti, amor, que o tempo arruinou, Espero a reaproximação que o vento sussurrou. E se não voltares,inda que soluçando,reflorires, Sabe o céu que em meu peito haverás de descobrires, Pois o amor profundo jamais se finda, Apenas se esconde, esperando a sobrevinda. Marilândia
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