COSTURANDO POESIA
Transforma-se em eco, morrendo ao vento, Na solitária hora em que o corpo jaz, Encerrando-se no escuro firmamento. Esse poema procura refletir a profundidade e o tom sombrio típico da obra de Augusto dos Anjos, com uma exploração melancólica e visceral das batidas do coração como metáfora para a mortalidade e a decadência da vida. "Em nenhum lugar a nossa ânsia nos levou" Jô Tauil __________________________ No peito arde uma ânsia, um fogo insano, Que inflama a alma em fúria desmedida, E em meio ao caos, percorro o desengano, Buscando na vaidade, a eterna vida. Ó mundo vil, de promessas enganado, Que enfeitas com ouro as dores vãs, Em teus prazeres, o homem condenado, Entrega-se à sombra de vis afãs. Mas a vaidade, ó triste verdade, É fumaça que ao vento se desfaz, E no fim, resta à mísera saudade, O gosto amargo que nem o tempo liquefaz. Ó Deus, que em vossa luz nos iluminais, Livrai-nos deste abismo, desta guerra, E que a paz, que em vossa graça originais Sepulte a ânsia que nosso peito encerra. Marilândia
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