COSTURANDO POESIA
"Recebiam só a luz dos olhos da alma" Jô Tauil ____________________________________ Ó olhos, que brilham na sombra fria, Reflexo etéreo de sonhos temporãos, Que nas noites claras, tristes, tardias, Pairam serenos por entre os véus das mãos... São teus olhares que encantam minh’alma, Numa dor suave de amor sem razão, Como o vento que sussurra e espalma, À sombra dos mortos em lenta canção... Ah! Se vós soubésseis o peso do pranto, Que em minhas noites o peito abrigou, Veríeis em mim o eco do encanto, Daquele que a vida já tanto fustigou. Teu olhar, estrela que guia o perdido, Nas trilhas escuras do ser tão febril, É um raio de dor que passa esquecido, No peito que ama, no peito servil. Mas ó, doce lume de olhar tão profundo, Que de longe espreita meu fim tão fatal, Deixa-me sonhar que neste triste mundo, Os olhos da alma me vêem afinal. Marilândia
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