quinta-feira, 29 de agosto de 2024

A Noite em SilênciOo publicar

A Noite em Silêncio Em meio ao silêncio que a noite invade, Desfolha-se a alma em lenta saudade, O vento murmura segredos ao vento, E eu, só, na penumbra, sou puro lamento. As estrelas, distantes, em pranto brilhante, São lágrimas frias de um peito errante, Que busca nas sombras, perdido e em vão, O eco de um riso, uma mão, um irmão. A lua, serena, contempla-me o peito, E nele reflete um vazio imperfeito. Oh, solidão, que abraças com tanto fervor, Fazes do tempo um lento torpor. Caminho sozinho por veredas sem fim, E a cada passo, mais longe de mim. Mas, quem sabe, um dia, em nova alvorada, Ache eu na solidão, a paz desejada.

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