domingo, 13 de dezembro de 2015

PESADELO


PESADELO
A noite pesa, esmaga.
Saio por aí, em busca dos sonhos perdidos, das ilusões desfeitas.

Pouco importam as trevas, tampouco as brumas dos caminhos.Longas descidas.
Ínvias alamedas.Esguios instantes, horas mortas.
Caminho sem pressa, sem direção. 
Turva, a alma chora momentos idos, não ultrapassados.
Lágrimas dos astros guiam-me dentre quimeras a rondar-me. 
Rangem ululantes, galhos da madrugada.
Emparedada, no negro vale das muralhas, febril e desesperançada, vislumbro relâmpagos rasgando o anil dos céus.

_E sigo abraçada ao silêncio de acordes pastoris – longínqua flauta a gemer... _


Marilândia

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial