Templo das Carícias
Templo das Carícias Nas colunas de mármore da noite eterna, Erguem-se os dedos-velas em dourado esplendor. A pele — catedral onde o sagrado hiberna, Desperta em convulsões de profano fervor. Ébrios, os lábios sorvem néctar de vulcões. Meus olhos, já não veem, deliram em vermelho! O corpo é santuário de febris visões, E a alma — prostituta — curva-se ao espelho. Orgias de sensações violentam o ar. Meu peito em combustão desafia a moral. No templo das carícias, vou me profanar. Anjos de asas quebradas gemem no portal. O êxtase é veneno, doce ao paladar. Morro e renasço em cada toque abismal. Marilândia
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