Constelações do Destino
Constelações do Destino Entre caminhos traçados antes dos passos, busco-te como o mar procura a lua, inevitável como a semente que rompe o solo e o pássaro que retorna à sua nuvem natal. Há algo escrito nas linhas das tuas mãos que já estava gravado nas minhas estrelas, uma convergência de rios que não escolheram o oceano que os receberia com espuma e saudade. Quem desenhou este mapa de encontros? Quem costurou nossos nomes no mesmo tecido do tempo? Somos marés obedientes à lua ou somos livres como o vento que escolhe onde soprar? Talvez o destino seja apenas o nome que damos àquilo que desejamos profundamente, à gravitação silenciosa entre dois corpos que se reconhecem através do espaço. Predestinação: palavra pesada como pedra filosofal ou leve como pluma que o vento carrega. Somos arquitetos ou somos arquitetados? E importa a resposta quando teus olhos me refletem? No fim, escolho acreditar que te escolhi, mesmo se as estrelas já soubessem que meus pés me levariam, inevitavelmente, ao porto onde teu barco sempre esteve ancorado. Marilândia

0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial