COSTURANDO DIA 07
“Pois não aguentaremos mais os vendavais da noite” Jô Tauil _________________________________ Nem as sombras que dançam no silêncio da alma, Quando a lua se esconde, o coração desabrocha E nos falta o perfume que a tristeza acalma. Somos feitos de cinzas e de ilusões perdidos, De palavras que morrem antes de serem ditas, De abraços que ficaram pelo caminho esquecidos E de lágrimas secas em feridas malditas. Ó, deixai-me morrer neste tormento doce, Nesta ânsia de viver que me consome e mata, Que me queima por dentro como um sol precoce E me prende aos grilhões de uma paixão insensata. Quero ser vendaval, ser tempestade, ser mar, Quero ser tudo aquilo que não posso ser, Quero nas asas do vento poder voar E nos braços da morte finalmente morrer. Mas hei de renascer como a fênix das cinzas, Hei de erguer-me do pó com a alma em chamas, Mesmo que as noites sejam frias e mesquinhas E o destino me negue todas os seus diagramas. Pois não aguentaremos mais os vendavais da noite, Mas havemos de ser mais fortes que a tempestade, Com a dor transformada em canto que pernoite Sob a flor im_possível da nossa liberdade. Marilândia

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