sábado, 9 de agosto de 2025

O Imperador das Horas Silenciosas

O Imperador das Horas Silenciosas No teu silêncio, pai, o relógio aprendia a esperar. Teus olhos eram faróis que acalmavam as tempestades da casa. A vida corria lenta quando estavas presente, Como um rio que repousa no leito após a cheia. Havia um pacto invisível entre teu olhar e o tempo. Nenhum ruído ousava atravessar o território da tua paz. Teu gesto era bússola que apontava para a serenidade. Não tinhas pressa, porque sabias o tamanho do dia. Me ensinaste que o instante é mais vasto que o calendário. E que, no fundo, a pressa é apenas medo disfarçado. Teu silêncio não era ausência, mas morada. E ali, aprendi a escutar o mundo. Marilândia ;

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