Súplica ao Silêncio
Súplica ao Silêncio Dize-me, Tempo, se ainda me pertences, Revela-me o mistério do teu curso, Guarda-me em teus braços contra o percurso Da solidão que em mim se desenvolve em artífices. Perdida entre miragens e aparências, Carrego n'alma um peso sem recurso. Mostra-me a senda, quebra-me este verso Que me prende às mais fundas decadências! Neste abismo profundo onde me perco, Sem luzes, sem caminhos, sem ventura, Sede sem fim de quem a si mesmo cerco, Clamo por ti numa angústia sem nome, Como se fosses, Tempo, a água pura Que desta febre eterna me consome! Marilândia

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