O Silêncio da Escola
O Silêncio da Escola Os corredores dormem vazios, E o eco dos passos se apagou, Nas salas, as carteiras órfãs Guardam segredos que a infância deixou. O quadro negro espera sozinho, Sem giz para desenhar sonhos, As janelas contemplam o pátio Onde brincadeiras viraram pontos. O sino descansa mudo e sereno, Não há mais pressa para tocar, E a biblioteca sussurra baixinho Histórias que ninguém vem escutar. As flores do jardim crescem livres, Sem olhares curiosos a observar, O tempo flui como água mansa Por entre as pedras do lugar. Onde estão as vozes cristalinas Que enchiam de vida estes espaços? Voaram como pássaros soltos Para ninhos de outros abraços. Mas a escola não chora ausências, Ela sabe que é tempo de esperar, Pois em cada silêncio habita A promessa de um novo começar. Marilândia

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