Mãos Que Sangram Tinta
Mãos Que Sangram Tinta Suas mãos conhecem o peso das palavras não escritas, cada dedo um rio que busca o mar do papel, e o escritor ,navegante solitário desta embarcação de sonhos, remo contra as marés do silêncio. O escritor’ o que desperta com versos nos lábios, o que caminha pelas ruas coletando suspiros alheios, transformando lágrimas em metáforas, convertendo o amor em geografia do coração. Sua mesa é um altar onde sacrifica as horas, onde as canetas morrem de tanto dar à luz ideias, e os cadernos se enchem de cicatrizes douradas, marcas de uma guerra íntima e eterna. Escreve porque o mundo lhe dói na alma, porque cada injustiça é uma ferida aberta em sua alma, porque a beleza de uma manhã de outono merece mais que o esquecimento dos homens. É o tradutor dos sentimentos mudos, o arqueólogo das emoções enterradas, o jardineiro que planta esperanças em verso livre e colhe revoluções em cada estrofe. Que suas palavras sejam pão para os famintos de verdade, que sua tinta seja o sangue que alimenta a resistência. Marilândia

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