A Outra Face do Sonho
A Outra Face do Sonho Em noites de silêncio e de abandono, Quando a alma se despe de ilusões, Busco em vão o refúgio no meu sono, Neste peito que sangra em convulsões. Sonhei ser infinita como o mar, Tempestade de amor, fúria, paixão! Mas na outra face, aprendi a chorar As lágrimas que vêm do coração. Que doce é o sonho quando a dor se esconde No véu da fantasia que nos mente! Que amarga é a vigília que responde Com a cruel verdade que se sente! Na outra face do sonho há um abismo, Um céu sem lua, um campo sem vigor. Mas há também um raro lirismo Na entrega silenciosa desta dor. Sou eu - mulher de fogo e de abandono, De risos tristes, de febril vontade. A outra face do meu pobre sonho É o espelho cru da minha verdade. E se na vida há sonhos desfeitos, No sonho há vida ainda por viver. Sou toda ânsia nos versos que deito, Sou toda sonho no meu padecer. Marilândia

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