quinta-feira, 10 de abril de 2025

Renascimento Pascal EVENTO DIA 17

Renascimento Pascal 



Nas manhãs de abril, quando a luz se renova, 
Um convite à reflexão suavemente nos chega; 


Como o orvalho que beija cada folha nova, 
O amor nos toca e o espírito sossega. 


Na quebra da casca, no romper do ovo, 
Encontramos o símbolo da vida transformada; 

Não somos hoje quem fomos de novo, 
Cada ciclo nos deixa a alma renovada. 

 O amor que se espalha nesta celebração
 É como semente que cai em solo fértil; 

Cresce em silêncio, sem ostentação, 
Mas transforma nosso ser, antes tão estéril. 

A Páscoa nos ensina que após o inverno da dor, 
Sempre há primavera, sempre há recomeço; 

No jardim da existência, somos mais que flor, 
Somos o próprio milagre, divino processo. 

Que nesta Páscoa possamos enfim compreender 
Que renovar-se é mais que mudar por fora; 

É permitir que o amor possa florescer 
Onde antes só havia pedra, agora. 



DIVINA APOTEOSE 
Brilhos e alegrias 
Na essência dos louvores, Apoteose de um só Deus...
 

“Ele ressuscitou!” 
Simbologia do Amor
 Silencioso como a aurora, 
Regando a Terra, os Mares , os Céus
 E 
A povoar de esperança almas e corações, 
Plenifica de luzes profecias benfazejas! 

 Marilândia


 Ressurreição dia 17 


Na madrugada da promessa, 
quando as estrelas ainda tremem como lágrimas, 
desperta a terra com suas mãos de pão e argila. 

O mundo está renascendo sob a pedra rolada. 
Procuro-te nas flores que sangram primavera, 
nos sulcos onde o trigo é uma ressurreição dourada, 
e na água batismal que, 
como vinho, transfigura o rosto da manhã. 

Páscoa, teu nome é uma pomba
que voa das cicatrizes da história aos lábios do amanhã. 
Na mesa, o pão é um sol partido em fragmentos de luz 
e o vinho é a memória líquida do que fomos antes da dor. 

 As mãos que foram cravadas
 agora semeiam jardins nos territórios abandonados do coração.

Cada ovo é um silêncio que guarda a voz de um mistério, 
um porvir que dorme em sua câmara de calcário. 

Somos todos peregrinos de Emaús, 
com os olhos vendados pela rotina e pelo medo, 
até que o partir do pão nos devolve a visão 
e reconhecemos a vida no centro da morte.

Páscoa, tua ressurreição não é apenas a de um homem, 
é a do mundo inteiro 
que desperta quando decidimos remover as pedras
que sepultam nossos sonhos mais verdadeiros. 

 O cordeiro sacrificado é uma pergunta
 que só pode ser respondida com a vida inteira. 

E aqui estou, na encruzilhada da fé e da dúvida, 
onde os lilases abrem suas pétalas
como pequenas bandeiras da esperança. 

Venho com minhas feridas abertas, 
com meu desejo de acreditar apesar de tudo, 
porque a Páscoa é também minha: 
 sou eu quem precisa renascer a cada amanhecer, 
como o mundo que se levanta, infinito e frágil, 
da escuridão para a luz. 

 Marilândia

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