COSTURANDO DIA 13 DE ABRIL
"Surge em mim sagrada vaidade que abraça minhas utopias" Jô Tauil __________________________________________________ Como o mar abraça a areia em noites de lua cheia. É uma fome ancestral que devora horizontes, um fogo silencioso que habita as cavernas do meu peito. Esta vaidade não conhece vergonha nem modéstia, cresce como as videiras selvagens nos muros do tempo. É a soberba dos que sonham com mundos im_possíveis, a arrogância bendita dos que se recusam a morrer sem tentar. Minhas utopias são pássaros que constroem ninhos nas árvores mais altas do céu proibido. São rios teimosos que inventam novos caminhos quando as montanhas se colocam em seu destino. Esta vaidade que me habita tem olhos de estrela e mãos capazes de modelar o barro da existência. Ela me convida a dançar no abismo, a construir castelos onde outros veem apenas ruínas. Não me peças para abandonar esta sagrada presunção, este amor desmedido pelo que ainda não existe. Seria como pedir ao sol que não nascesse, ou às sementes que não sonhassem com flores. Sou guardiã de im_possibilidades, arquiteta de pontes entre o real e o imaginado. Minha vaidade é o escudo contra a mediocridade, é a espada que corta as correntes do conformismo. Abraço minhas utopias com a força dos amantes, com a fé dos que sabem que o futuro é apenas uma tela em branco, esperando por nossas mãos corajosas. E se um dia o mundo me acusar de soberba, direi que minha vaidade é sagrada porque nasce não do que sou, mas do que podemos todos juntos nos tornar. Marilândia

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