HOMENAGEM À CORA CORALINA
Cora da Luz Eterna No recanto onde a alma é flor e sombra, Nas pedras vivas de Goiás, tu és essência, Cora, que em versos moldas a terra, Na doce melancolia da tua presença. Das janelas antigas, a luz se esparge, Como um véu diáfano sobre as letras tuas, E em cada palavra, o mistério se reparte, Nos silêncios profundos das ruas nuas. Cora, em teus versos, o sagrado ecoa, Como as preces tristes de um sino antigo, E no murmúrio das águas, a voz ressoa, De um amor perdido, de um sonho amigo. Teu olhar atravessa o tempo, sereno, Como a virgem que a saudade abraça, E em teu peito, Cora, o amor é pleno, Como o lírio pálido que o vento afaga. Oh, Cora, santa das letras esquecidas, Tua poesia é altar e sacrário, Onde o mundo encontra, em tardes descidas, O doce perfume de um relicário. Nos céus de Goiás, brilhas, estrela viva, E em cada poema, renasces, eterna, Cora Coralina, que em versos cultivas, O jardim sagrado da alma terna. Marilândia Marques Rollo
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