sábado, 18 de dezembro de 2021

O MEU ORGULHO// NA RIGIDEZ DO SILÊNCIO (rep)

O MEU ORGULHO// NA RIGIDEZ DO SILÊNCIO Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera// Vagar no mundo visionário Não me lembrar! Em tardes dolorosas//Sonhos profundos e profundos sentimentos Lembro-me que fui a Primavera Revivendo nas estrelas do in_findo cenário Que em muros velhos faz nascer as rosas!// Numa lasciva paixão e sutis fragmentos As minhas mãos outrora carinhosas// Em tremendas ãnsias se despedaçaram Pairavam como pombas... Quem soubera// Vez que sentimentos são pássaros em voos Porque tudo passou e foi quimera,// No fundo de ilusões, velhas e vagas que se arregaçaram E porque os muros velhos não dão rosas!// Emitem, apenas, sons á viva luz do dia dentre alegres sobrevoos O que eu mais amo é que mais me esquece...// Eis que a ausência faz crescer o desejo E eu sonho: "Quem olvida não merece..."// A sensível presença duma in_visível felicidade E já não fico tão abandonada!// No silêncio da solidão, vislumbro uma carta falada. Sinto que valho mais, mais pobrezinha: Pois no abismo do silêncio, minha poesia prevejo Que também é orgulho ser sozinha,// Para encantar os círculos da vida que salvaguarda E também é nobreza não ter nada!// Porquanto o amor crepita à luz das velas na penumbra da tarde FLORBELA ESPANCA// MARILÂNDIA

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial