segunda-feira, 30 de abril de 2012

EIS QUE...




EIS QUE...

Tu que desenhavas sonhos nos caprichos da mulher amada...
Que entornavas rosas nas carícias vaporosas dos versos teus...
Que sob o gelo da indiferença, albergavas nesse peito teu paixão tamanha...
Que nas magoadas asas dos teus sorrisos, fremente solidão arrastavas...
Que nas amarelecidas folhas dum caderno triste, ocultavas o desejo insano desse seio ardente...
Que revivias nas arroxeadas pétalas da saudade palpitantes imagens dum passado não ultrapassado...
Que nas invernosas nuances dos caminhos teus, rosário de lembranças desfiavas...

Eis que, no encanto desses mistérios,um solene “De Profundis”ruge e tomba...

_E ao ver-te tristonho, em ondas da realidade a vogar, doídos anseios põem-se a chorar..._


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