SONETO DE NERUDA COM RÉPLICA DE MARI
SONETO (PABLO NERUDA) Não te quero senão porque te quero e de querer-te a não querer-te chego e de esperar-te quando não te espero passa meu coração do frio ao fogo. Quero-te apenas porque a ti eu quero, a ti odeio sem fim e, odiando-te, te suplico, e a medida do meu amor viajante é não ver-te e amar-te como um cego. Consumirá talvez a luz de Janeiro, o seu raio cruel, meu coração inteiro, roubando-me a chave do sossego. Nesta história apenas eu morro e morrerei de amor porque te quero, porque te quero, amor, a sangue e fogo. PABLO NERUDA RÉPLICA DE MARILÂNDIA Entre Ausência e Presença Não te procuro senão porque te encontro e de encontrar-te a perder-te me entrego no labirinto onde sempre te confronto minha alma oscila entre certeza e medo. Busco-te apenas porque em ti me afundo, de ti me afasto e, afastando-me, me aproximo, e a dimensão deste amor vagabundo é sentir-te presente no mais íntimo abismo. Talvez consuma a chama de dezembro, com seu fulgor voraz, tudo o que lembro, levando embora meu último refúgio. Neste poema somente eu me disperso e dispersar-me-ei pois em ti converso, porque te sinto, amor, tormenta e abrigo. Marilândia
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial