domingo, 23 de fevereiro de 2025

COSTURANDO POESIA DIA 23

“E que tremam minhas mãos ao tocarem estas mãos!” Jô Tauil _____________________________ Tuas mãos nas minhas - pétalas caídas No jardim secreto dos nossos encontros, São pássaros presos em doces momentos, São âncoras d'alma em mares de vida. Dedos que se entrelaçam como versos, Escrevendo poemas na pele morna, E neste toque que o tempo adorna, Somos nós dois - universos dispersos. Tuas mãos, cartografia de destinos, Mapeiam caminhos em minhas palmas, Como estrelas traçando seus destinos No céu noturno de inquietas almas. E quando teus dedos, quais fios de seda, Bordam carícias em minha existência, Sou barco à deriva em mar de essência, Náufraga feliz que ao toque se entrega. São tuas mãos - relicários de afeto, Guardando segredos em cada vinco, E nas minhas, qual espelho direto, Reflito o amor em que me extingo. Neste enlace, somos rios eternos, Fluindo juntos por leitos de sonhos, E ainda que os dias sejam tristonhos, Nossas mãos são abrigos fraternos. Assim ficamos - em silêncio e calma, Mãos unidas em prece sem palavras, Como quem semeia flores na alma E colhe amor nas horas lavradas. Tuas mãos nas minhas - eis a verdade Que transcende todo verso e rima: É neste toque que se sublima Nossa íntima cumplicidade. Marilândia

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