COSTURANDO DIA 30 DE OUTUBRO
"Um poema que rola sob a forma de saudade" Jô Tauil _________________________________ Como lágrima antiga em face de porcelana, Descendo lenta, grave, pela eternidade, Numa queda que dura desde a nirvana. É saudade que sangra em verso mal ferido, Saudade que se arrasta como sombra ao chão, Gemido que se faz em cada som perdido, Eco de um amor morto dentro do coração. Ó, saudade que pesa como cruz de espinhos! Que revolve a alma em círculos de dor, E faz dos sonhos mortos tristes desalinhos, Cinzas de um incêndio que foi todo amor. Brota, brota este poema em caracol de pranto, Espiral de amargura, vórtice sem fim, E eu que me perco neste meu desencanto, Sou apenas saudade que flui sobre mim. Assim, Giro eternamente nesta ausência plácida. Marilândia

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