Luz Escondida
Sou peregrina em brumas do caminho,
No peito a dor que nunca se desfaz,
Mas levo em mim um sopro de carinho,
Um sonho tênue que ainda me traz paz.
Entre saudades sigo tão sozinho,
Procurando nos céus um rastro audaz,
Talvez a estrela, em seu fulgor mansinho,
Me guie a um porto onde descanso jaz.
E se a tristeza é minha companheira,
Também me cerca a fé derradeira
De um novo canto que há de renascer.
Pois mesmo a alma, exausta e dolorida,
Guarda no fundo a chama escondida
Que insiste, teima, em nunca se morrer.
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