Encontro
Sempre busquei quem eu seria ao certo,
Nas páginas que a vida me escrevia,
Mas era sombra vã, era sangria,
Um vulto a caminhar pelo deserto.
Que eu me ignorava, tinha por incerto,
E, se o pressentia, me mentia…
Alma perdida em sua fantasia
Seguia atrás de um sonho encoberto!
Seguia a procurar-me - triste engano!
E encontrei a paz no teu sorriso,
E o meu destino no teu desengano!
E esta sede de ser, que é meu suplício,
É o fogo do teu ser que, soberano,
Incendeia as trevas do meu juízo!
Marilândia
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