COSTURANDO DIA 25
“Seus ouvidos surdos fatigarei com soluços” Jô Tauil _______________________________ E minha voz rouca de tanto clamar, Até que os ecos dos meus destroços Consigam teu peito despertar! Gritarei minha dor pelos quatro ventos, Espalharei lágrimas como chuva fria, Transformarei em versos meus tormentos Para que ouçam minha melancolia! Não há silêncio que possa conter Esta torrente de mágoa infinita, Nem há muralha que possa deter Esta alma ferida e desvalida! Cantarei como o rouxinol na aurora, Mesmo que a voz se parta e se desfaça, Até que enfim desperte quem ignora Esta paixão que o coração abraça! E se ainda assim permanecerem mudos, Aos gritos desta alma que se verga Continuarei com meus lamentos caducos Até que a morte enfim me emudeça. Pois é destino do poeta sofrer, Cantar na dor e morrer de amar, E mesmo morto, ainda fazer ouvir Seus versos tristes pelo ar a vibrar! Marilândia

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