TALVEZ UM DIA...
TALVEZ UM DIA... Eu busco-te nos ventos da manhã, És tu a luz que dança na neblina, Sonhar contigo é minha sina, Chorar de saudade, ó alma minha irmã, E beber do cálice da paixão tamanha! Tu moves-te, e eu sigo teu perfume; Por mais que partas sempre, hei de esperar-te Se uma estrela pode atravessar o lume, De que vale desistir se posso amar-te?! Acaso, nem eu mesma, compreendo se o desejo É este arder constante, sem ventura, Com que eu te amo assim na minha loucura. Ou se é então o eterno desencontro, a nostalgia, Com que me perdes sempre, ó doce agonia! Por me perderes, sim, talvez me queiras num harpejo! Marilândia

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