Juventude Morta
Sou moça e sem ventura. Jamais nasceu
Na minha alma um clarão de alegria!
Pedindo que me escutem, noite e dia,
Eu, perdida na Dor em que a’lma absorveu.
A Sorte, que no berço me sorria
De doces sonhos veste quem sofreu…
Na minha fronte pálida e sombria
Só espinhos cravou quem não morreu!
E falam que sou criança… A juventude
Estará só na forma e na plenitude
Ou vive em nós com toda a sua chama?!
Tenho a mais funda morte, o mais cruel drama
Aquela em que nem um elo aflora
Da menina que um dia sonhara…
Marilândia
Nenhum comentário:
Postar um comentário