"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
sábado, 23 de agosto de 2025
COSTURANDO DIA 23 DE AGOSTO
“Que a morte nos embale com a mais doce melodia!”
Jô Tauil
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Como mãe que acalenta o filho em seu regaço terno,
Sussurrando segredos de eterno abandono,
Onde cessam as dores e a alma encontra sono.
Que venha ela vestida de sedas transparentes,
Com coroa de lírios e manto de saudade,
Trazendo nos lábios o beijo da eternidade,
E nos olhos o brilho das estrelas ardentes.
Ó morte, doce amante que tardas em chegar!
Já não posso mais tanto sofrimento suportar,
Esta vida que pesa como cruz nos ombros,
Entre lágrimas, angústias e desencontros sombrios.
Vem deitar-me no leito de pétalas macias,
Onde não há amores que se tornem agruras,
Nem promessas quebradas, nem venturas impuras,
Só o silêncio doce das noites mais frias.
Que teus braços me envolvam como véu nupcial,
E tua voz me guie pelos caminhos mudos,
Para além dos pesares, dos sonhos mais agudos,
Onde a paz é eterna e o amor, imortal.
Embala-me, ó morte, com teu canto sublime,
Leva-me desta terra de espinhos e queixumes,
Para jardins celestes de eternos perfumes,
Onde a alma descansa e jamais se redime.
Marilândia
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