ÚLTIMA PROMESSA
Por esta vida incerta hás de seguir,
Em mil delírios, vozes e perfumes…
E em novos braços hás de repartir
Teus sonhos, tuas febres, teus queixumes!
Verás mil olhos cheios de ternura,
E outros beijos — febris — hás de provar,
Mas esta dor tão funda e tão pura,
Jamais alguém saberá te ofertar.
Farás de cada amor um breve canto,
Sem ver que, em mim, se esconde o desencanto
De tudo aquilo que não quiseste ouvir…
Mas nunca, nunca — por mais que procures —
Terás nos lábios as mesmas loucuras
Que agora em versos vêm te perseguir!
Marilândia
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