quarta-feira, 2 de julho de 2025

ÚLTIMA PROMESSA

ÚLTIMA PROMESSA Por esta vida incerta hás de seguir, Em mil delírios, vozes e perfumes… E em novos braços hás de repartir Teus sonhos, tuas febres, teus queixumes! Verás mil olhos cheios de ternura, E outros beijos — febris — hás de provar, Mas esta dor tão funda e tão pura, Jamais alguém saberá te ofertar. Farás de cada amor um breve canto, Sem ver que, em mim, se esconde o desencanto De tudo aquilo que não quiseste ouvir… Mas nunca, nunca — por mais que procures — Terás nos lábios as mesmas loucuras Que agora em versos vêm te perseguir! Marilândia

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