A Sede
Em busca da Ventura, o dom dourado,
Tenho percorrido tantas veredas,
Rasgado o peito em todas as labaredas
Os sonhos todos tenho interrogado.
Aos tombos, por tanto ter buscado,
O coração cravado de mágoas perversas
Lanças da Sorte, frias e adversas
Voltei ao lar de mãos vazias, cansado.
Sedenta e só, retorno desenganada,
Pobre, sem luz, ao ponto donde assoles
Sem encontrar a paz que tanto quero.
Meu Deus, divina Glória, onde repousas angustiada?
Que aos meus gritos alucinados não acodes?
Onde te ocultas, Deus, que desespero!
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