PEREGRINA DA ALMA
Caminhante da Vida, em vão procuro
O que tantos em vão têm procurado.
Sonhadora do Amor, nunca me curo
Dos sonhos que a viver tenho sonhado.
Sedenta de Verdade, o passo obscuro
Que, antes de mim, já outros tinham dado.
E refaço os caminhos pelos quais me enclausuro
E que veem também seu ideal destroçado!
Há-de ser sempre assim, eternamente!
Querer colher estrelas, docemente,
E abraçar numa quimera incerta...
Desde que o mundo é mundo – o mesmo anseio!
O mesmo divagar sem ter receio
E a mesma sede do que nunca desperta!
Marilândia
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