Espelho da Alma
A solidão sou eu, sou eu que vivo
Na torre fria do meu peito erguida,
Onde o silêncio ecoa como um grito
E cada lágrima é uma despedida.
Sou eu que caminho, sempre fugitiva,
Pelos corredores da minha ferida,
Procurando em vão o eco perdido
Duma voz que me chame: "És bem-vinda!"
A solidão tem rosto... é o meu rosto
Que se espelha no lago do desgosto,
Numa dança eterna, sem parceiro.
Sou eu, a solidão personificada,
Rainha de um reino sem mais nada,
Coroada de espinhos... por inteiro!
Marilândia
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