Alma Desvalida
Ó alma desvalida e peregrina,
Que vais pelos caminhos da Tristeza,
Buscando em vão um pouco de beleza
Na tua dor que nunca termina!
És como a flor que o vendaval inclina
E que jamais conhece a realeza
De ser colhida... Ó pobre! A natureza
Negou-te o dom da graça feminina.
Alma sem rumo, errante e desprezada,
Que choras sobre a terra ensanguentada
Os teus amores mortos, um por um,
Vai... que o Destino, em seu cruel sarcasmo,
Te deu por berço apenas o fantasma
Dum sonho que não era de ninguém!
Marilândia
Nenhum comentário:
Postar um comentário