"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
terça-feira, 17 de junho de 2025
Cabeçalho obrigatório: (copie e cole) Evento AVALB — "Cego Aderaldo" Tema: "Rimas e repentes, versos populares" Autor (a): Título: País: Data: 24/06/2025 Ver
Evento AVALB — "Cego Aderaldo"
Tema: "Rimas e repentes, versos populares"
Autora:Marilândia Marques Rollo
Título:Romance Popular em Versos de Cordel
País:Brasil
Data: 24/06/2025
Gentilmente convidada pela nobre poetisa amiga Poesia Maria
Auto da Cantoria do Cego Aderaldo
Romance Popular em Versos de Cordel
Ouçam todos, gente boa,
A história que eu vou contar
De um homem que fez da viola
Sua forma de enxergar
Cego Aderaldo Ferreira
Que soube o mundo cantar
Nasceu lá no Ceará
Terra seca mas valente
Com os olhos que não viam
Mas com alma bem vidente
Fez da música seu guia
E da rima sua gente
Quando pequeno perdeu
A visão do mundo real
Mas ganhou dentro do peito
Um dom descomunal
De fazer versos bonitos
Com jeito mui natural
Pegou a viola nas mãos
Como quem pega uma cruz
E saiu pelo sertão
Levando alegria e luz
Cantando as dores do povo
E o que o coração traduz
Em desafio famoso
Com outros cantadores
Mostrava que cego ou não
Há diferentes valores
A cegueira do corpo
Não cega os trovadores
Cantou amor e saudade
Cantou seca e temporal
Cantou festa e romaria
Cantou glória e funeral
Sua voz era esperança
No meio do temporal
Oh Cego Aderaldo!
Mestre da cantoria
Você que fez da escuridão
Sua maior alegria
Ensinou que se enxerga
Com mais que a luz do dia
Hoje que você partiu
Para a glória eternal
Sua viola ainda ecoa
Pelo nosso Portugal
E no céu você canta
Com os anjos no coral
Descanse em paz, poeta
Cantor do Nordeste
Que fez da sua cegueira
Um dom que permanece
Na memória do povo
Seu nome resplandece
marilandia
De:
marilandiam@yahoo.com.br
Para:
MARILÂNDIA MARQUES ROLLO
ter., 17 de jun. às 10:52
Auto da Cantoria do Cego Aderaldo
## *Romance Popular em Versos de Cordel*
Ouçam todos, gente boa,
A história que eu vou contar
De um homem que fez da viola
Sua forma de enxergar
Cego Aderaldo Ferreira
Que soube o mundo cantar
Nasceu lá no Ceará
Terra seca mas valente
Com os olhos que não viam
Mas com alma bem vidente
Fez da música seu guia
E da rima sua gente
Quando pequeno perdeu
A visão do mundo real
Mas ganhou dentro do peito
Um dom descomunal
De fazer versos bonitos
Com jeito mui natural
Pegou a viola nas mãos
Como quem pega uma cruz
E saiu pelo sertão
Levando alegria e luz
Cantando as dores do povo
E o que o coração traduz
Em desafio famoso
Com outros cantadores
Mostrava que cego ou não
Há diferentes valores
A cegueira do corpo
Não cega os trovadores
Cantou amor e saudade
Cantou seca e temporal
Cantou festa e romaria
Cantou glória e funeral
Sua voz era esperança
No meio do temporal
Ó, Cego Aderaldo!
Mestre da cantoria
Você que fez da escuridão
Sua maior alegria
Ensinou que se enxerga
Com mais que a luz do dia
Hoje que você partiu
Para a glória eternal
Sua viola ainda ecoa
Pelo nosso Portugal
E no céu você canta
Com os anjos no coral
Descanse em paz, poeta
Cantor do Nordeste
Que fez da sua cegueira
Um dom que permanece...
Na memória do povo
Seu nome resplandece
Marilândia
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