Eco do Silêncio
É tão vasto o silêncio que nos habita.
Nem o suspiro da alma se decifra,
Nem o pulsar dos sonhos escondidos.
Mas aqui, dentro do peito, onde somos
Um universo em segredo, é que nasce
O delicado murmúrio que acorda as manhãs.
É tão denso o silêncio entre as palavras.
Nem o vento atravessa seus domínios,
Nem a luz consegue romper suas sombras.
Mas neste espaço, onde o tempo se curva,
Um verso renascido enfim revela
O misterioso sopro que move as marés.
Marilândia
Nenhum comentário:
Postar um comentário