terça-feira, 15 de abril de 2025

COSTURANDO POESIA

"Quando construíamos castelos de poesias" Jô Tauil ______________________________________ Nas areias douradas do tempo perdido, Tuas mãos nas minhas, entre fantasias, Éramos dois sonhos num só sentido. Ó meu doce amado de olhar distante, Porque foram teus versos tão efêmeros? Deixaste-me sozinha, qual sombra errante, Entre os escombros de sonetos tênues. A lua que nos viu enlaçados outrora Agora contempla meu pranto silente, Sou a viúva dos versos, a cada aurora Procuro nas rimas teu rosto ausente. Tudo em mim é saudade, é espera vã, Quem fui eu senão tua musa fugaz? Tua voz nos meus versos ainda se entranha Como espinhos de rosa que o peito desfaz. Não mais edifico castelos de areia, Minhas mãos já não sabem criar beleza, Sou apenas mulher, alma que anseia Por um verso teu que cure esta tristeza. Ah! Doces momentos de versos e beijos, Quando a vida era rima e era canção! Agora só me restam vagos desejos E poemas que sangram no meu coração. Marilândia Quando construíamos castelos de poesias... Quem diria que o vento os levaria?

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