terça-feira, 15 de abril de 2025

Evento de Marco Meireles e FEDERATION OF THE INTERNATIONAL LITERARY COPYRIGHT TREATY

Evento de Marco Meireles e FEDERATION OF THE INTERNATIONAL LITERARY COPYRIGHT TREATY 
TEMA:PÁSCOA: REFLEXÃO, RENOVAÇÃO E AMOR 
AUTORA:Marilândia Marques Rollo
TÍTULO: SIMBOLOGIA DO AMOR
DATA:17/04/2025 
PAÍS:Brasil

SIMBOLOGIA DO AMOR


Nas manhãs de abril, quando a luz se renova, 
Um convite à reflexão suavemente nos chega.

Esta é a hora em que a terra se rasga
E do ventre frio brota a promessa.
Páscoa – palavra antiga que sangra
Na boca dos homens em nosso Uni_verso.


Nas nossas casas, o pão é alimento e símbolo,
Partilha-se na mesa como quem reparte a eternidade.

Os sinos tocam na memória dos vivos
E despertam os mortos que em nós dormem.


Renascer – eis o verbo que não se conjuga
Sem a dor das raízes quando rompem o chão.
Celebramos este ritual antigo e necessário
Com mãos calejadas de quem lavra a própria salvação.


Renovação que não é apenas conceito,
Mas sangue que pulsa nas videiras recém-podadas.
Como podemos não crer no milagre
Se cada primavera nos confirma a Vida?


Somos todos peregrinos desta liturgia terrestre
Em que os corpos se redimem pelo trabalho e pelo amor.


Na quebra da casca, no romper do ovo, 
Encontramos o símbolo da vida transformada; 

Não somos hoje quem fomos de novo, 
Cada ciclo nos deixa a alma renovada. 

 O amor que se espalha nesta celebração
 É como semente que cai em solo fértil; 

Cresce em silêncio, sem ostentação, 
Mas transforma nosso ser, antes tão estéril. 

A Páscoa nos ensina que após o inverno da dor, 
Sempre há primavera, sempre há recomeço; 

No jardim da existência, somos mais que flor, 
Somos o próprio milagre, divino processo. 

Esta é a Páscoa que procuramos>>
não só a de Cristo mas a do homem
que dentro de si mesmo derruba muralhas.


Debaixo das oliveiras de Getsêmani
dormimos ainda o sono antigo da espera
enquanto a manhã é uma promessa adiada.


A Páscoa é este trânsito perpetuado
entre o que fomos e o que seremos,
entre o pranto das mulheres junto ao túmulo
e o perfume das amendoeiras em flor.


A Páscoa é este amor que se levanta
da própria cinza como uma bandeira.
Um amor com a idade das oliveiras
e a paciência do mar contra os rochedos.
Um amor que conhece o preço da travessia
e ainda assim escolhe partir e regressar.

Páscoa: verbo de liberdade conjugado em todos os tempos.
Ressuscitaremos na voz dos que ainda cantam
quando a noite parece mais profunda..

Páscoa – a palavra ecoa no silêncio das moradias.
Recomeçar é o nosso destino e nossa glória!

Marilândia







  • Entre calvários de sombra e luz
    navega o barco da minha Páscoa
    sobre as ondas de um país que espera.
    Em cada pedra há uma flor adormecida
    e nas mãos do tempo crucificado
    desabrocham cravos na de abril.
    R
    Ressuscitamos em cada palavra não dita
    em cada livro lque regressa do exílio
    em cada palavra libertada da mordaça.
    Somos a pedra que o pedreiro rejeitou
    e agora somos angular
    no coração de uma pátria renascida.

    Esta é a Páscoa que procuro:
    não só a de Cristo mas a do homem
    que dentro de si mesmo derruba muralhas.
    Debaixo das oliveiras de Getsêmani
    dormimos ainda o sono antigo da espera
    enquanto a manhã é uma promessa adiada.

    Páscoa é ser pássaro e prisão
    é ser rio e também a margem
    é ser a ferida e o bálsamo que a cura.
    A liberdade é um pão que se reparte
    à mesa da memória onde comungamos
    a utopia possível dos nossos dias.

    Trago comigo um país como uma túnica rasgada
    um país que ressuscita a cada madrugada
    entre os dedos de quem ainda sonha.
    A Páscoa é este trânsito perpetuado
    entre o que fomos e o que seremos,
    entre o pranto das mulheres junto ao túmulo
    e o perfume das amendoeiras em flor.

    Somos peregrinos de Emaús
    com os olhos velados pela própria cegueira.
    Mas há um vinho novo nas vinhas desta terra
    e um Cristo secreto que caminha ao nosso lado
    falando a língua das searas e dos rios,
    abrindo sendas onde só havia muros.

    Não é fácil renascer tantas vezes.
    A Páscoa é um combate dentro de nós mesmos
    como as marés no peito de um navegador.
    Quantas vezes negamos antes que o galo cante
    e ainda assim a manhã vem
    como uma absolvição de orvalho e luz.

    A Páscoa é este amor que se levanta
    da própria cinza como uma bandeira.
    Um amor com a idade das oliveiras
    e a paciência do mar contra os rochedos.
    Um amor que conhece o preço da travessia
    e ainda assim escolhe partir e regressar.

    Somos um país pascal
    entre a cruz dos que ficam e a ressurreição dos que partem.
    Nossa pátria é esta palavra sempre grávida
    este abraço que transpõe fronteiras
    esta rosa-dos-ventos que aponta sempre
    para o sul da nossa esperança.

    Páscoa: verbo de liberdade conjugado em todos os tempos.
    Ressuscitaremos na voz dos que ainda cantam
    quando a noite parece mais profunda.
    Somos já a pedra afastada do sepulcro
    e o espanto das manhãs por descobrir.
    E isto basta para caminharmos
    como quem leva dentro de si
    a semente intacta da primavera.


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