"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
sábado, 22 de março de 2025
COSTURANDO DIA 22 DE MARÇO
"Deixarmos nossas indecifráveis almas viajarem..."
Jô Tauil
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São como constelações desenhadas em céus esquecidos,
estas almas que vagam entre o tempo e o vento,
carregando em seus olhos a distância das marés
e nas mãos a poeira de caminhos in_conclusos.
Quem poderia decifrar o mapa escondido
nas linhas de seus rostos gastos pelo horizonte?
Talvez apenas o silêncio das pedras antigas
que testemunham a passagem de tantos pés inquietos.
Somos todos barcos de papel em rios de lava,
resistindo ao fogo que devora as certezas,
enquanto o relógio das estações desafia
a brevidade de nossos passos sobre a terra.
Alma viajante, labirinto sem muros,
teu nome é escrito com a tinta in_visível das distâncias.
És como aquela árvore que sonha ser nuvem
enquanto suas raízes conspiram com o subsolo.
In_decifráveis são teus suspiros quando contemplas
o abismo que separa o desejo da chegada.
Teus bolsos guardam fragmentos de céus diferentes,
sementes de lugares que existem apenas na memória.
Viajamos porque somos água, não pedra,
porque nosso sangue é feito de estradas líquidas
que não conhecem a paz dos lagos dormentes,
apenas a selvagem liberdade das cachoeiras.
Entre um porto e outro, quem somos nós
senão perguntas lançadas ao vasto uni_verso?
In_decifráveis como o murmúrio das marés,
persistentes como o amor que sobrevive à distância.
E quando a noite nos cobre com seu manto estrelado,
nossas almas se reconhecem na luz das constelações:
viajantes e_ternas, in_decifráveis em sua busca,
tão humanas em sua sede de in_finito.
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