VAZIO DA SOLIDÃO
VAZIO DA SOLIDÃO Nas sombras do crepúsculo invernal Vaga uma alma em silêncio profundo Como folha seca ao vento outonal Desliza sem destino pelo mundo… Entre paredes frias de mármore Ecoam passos sem direção O tempo escorre como lágrimas No vazio da vasta mansão… Os espelhos refletem apenas A ausência que habita os salões Onde outrora dançavam serenas As sombras de antigas paixões… Na biblioteca empoeirada Volumes jazem sem leitores Cada página não virada Guarda segredos anteriores… O relógio marca as horas mortas Com seu tique-taque impiedoso Enquanto fecham-se as portas Do coração silencioso! Na janela gótica antiga Observo a névoa que desce Como um véu de melancolia Sobre tudo que desaparece, E neste exílio voluntário Entre objetos e memórias Sou guardião solitário De minhas próprias histórias! Marilândia
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