COSTURANDO POESIA DIA 19
"Quando em tua direção, eu caminho" Jô Tauil ______________________________ As ruas cinzas, labirintos de pedra, Sob o céu de chumbo, um manto opaco, Meus pés cansados, a alma em pedaços, Buscam um norte, um porto de abraço. A névoa densa, um véu sobre a cidade, Sufoca a esperança, a fé se esvai, Em cada esquina, um espectro me espreita, E o eco da solidão me faz tremer. As luzes bruxuleantes, fúnebres tochas, Iluminam a dor, a angústia cruel, Em cada rosto, um reflexo da alma, Perdida em sonhos, em um mar de fel. A música fúnebre, um lamento agudo, Rasga o silêncio, a noite se entristece, E em cada passo, um grito silencioso, De um coração partido, que nunca se esquece. Meus caminhos tortuosos, sem destino, Em meio à multidão, um ser solitário, Busco a redenção, um alento divino, Mas a sombra da dúvida me fazitário. Oh, Baudelaire, meu guia no abismo, Em teus versos, encontro o meu desespero, A beleza do sofrimento, o eterno pessimismo, E a fúria da alma, em um grito sincero. Marilândia
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