Amanhã Será Tarde Demais
Amanhã Será Tarde Demais Nas sombras de um céu enfermo, Onde a luz foge, tímida, vil, Vejo o tempo, impiedoso e eterno, Esvaindo-se no vazio sutil. Ó, doce angústia, meu fiel tormento, Por que me acenas com dedos de agonia? O presente é um espectro, ocioso lamento, E o futuro, uma sombra que eu não via. Amanhã, quem sabe, seremos pó, Nos braços da terra, frios e sós, E as rosas que hoje desabrocham em cor Serão cinzas no vento, sem vida, sem dor. Amanhã será tarde demais, Para os beijos que hoje negamos, Para os sonhos que abortamos, Para o amor que não ousamos mais. Sente o ar pesado, o silêncio a gritar, Em cada instante, a morte a esperar. E no negrume, o coração desfalece, Amanhã? Ah, amanhã já não acontece. Marilândia
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