quinta-feira, 13 de maio de 2021

DUETO CLIP

FOTOPOEMA Nuas palavras Silenciosas rimas Lacrimejante versejar Versos já são lágrimas… quem sabe as palavras e as rimas não são as lágrimas secas pelo tempo? MARILÂNDIA E ALBERTO AFONSO Morte anunciada// Mãos do Pai Viajo pelo espaço sem eira// A percorrer trilhas sem norte Alma perdida // Em ínvio caminhar Partida ao meio// Memórias na areia Meu mundo se cristalizou// Passado de luzes Como açúcar sem doce// Exalando a beleza... Insosso, terrível// Olhos esperançosos Não respiro mais// Vejo-me em remotos tempos... Inspiro a esmo// Mudez das palavras E nem sei para onde vai o ar// Tão pouco sustentáveis Porque já sobreviveria sem ele// Na glória da língua. Flutuo na dor que me alucina//Morro faz já bastante tempo, Ilusões malditas// Cantando mágoas Pesadelos alucinantes// A escorrer na alma, E a tristeza me domina// Aos sons do violino que do céu derivam Vence-me, enfim// E de longe, então vem dentro de mim brilhar -Deprimente sensação-// Invisível fundo do meu ser Fui submetido, abduzido// Em sinais de presságios. E agonizo dia e noite// Exasperado, lúcido A cada instante que me restou// Envolto nas chagas cruas do existir, Sempre esperando o que virá// Em lírico ministério Sabendo que parte de mim morreu// Em tons dos dedos de Deus Uma metade// Vida que resiste às intempéries E essa nem dói mais// Brilho irreal, certamente espiritual, Apenas anuncia o fim// Pois não existe vida com tempo de garantia. Fico pensando se essa metade// Do emaranhado da vida, sem graça Ainda era você// Envio um adeus feito paixão Ou era o que sobrou de mim// Onde embarquei restos de ansiedade. A história está contada// Do seio me goteja o pranto Teve princípio// Tal roleta a girar... Meio alucinante// Restos de horas passadas E um fim// A vogar em barco à deriva, Agora, vem morte plena// Respingando gélidos momentos É o que resta// Numa incerta trajetória Porque o coração virou pó// Quais notas sem melodias, E nem tempo para chorar achou// Inacabada sinfonia. Virou antítese// Terror e deslumbre E partiu, me deixou// Mirando o horizonte que jamais alcança... Deixou de existir// Das coisas perdi visão Assim... simplesmente// Ideias aladas, vão-se... Como um beijo que evapora// Sou música vinda dos céus Como vida que se esvai// Levada pela sofreguidão de ondas Como nada que nunca foi// Coberta de flores caladas ... Renato Baptista// Marilândia DUETO DE MIGUEL EDUARDO E MARILÂNDIA PITÉU// TELA DE SONHO Por olhos// Doce luz E cerejada boca// Festa da Natureza O cintilante// Adocicadas purpurinas Dos lábios na pupila// No teu semblante lidas Carmesim tecido em flor// Rubis a flamejar Que faísca//Em brando lume aquecidos E trisca em mim// Brasas a arder… Miguel// Marilândia Miguel e Marilândia em dueto O céu move-se pertinho//Que nos meus sonhos os vejo Onde se afina a matéria//No imenso firmamento Dimensão do meu caminho//Afagando a Terra, a desfazer-se em luzes... Linda noite nada breve//Uma quimera, um sonho vão Amoldada à minha artéria//Chama que alenta e consome Como a lisonja se inscreve//Albergada no peito meu... E se faz um juramento// A’lma que chora esmagando Subscrito pelo vento...//Ora a gargalhar, ora a chorar... Miguel e Marilândia CAMA E MESA// DIAS E NOITES Quero que fique quietinha,// Perfumada e suplicante Na espreita do que te espera// Desvarios arquejantes Que obedeça a quem deseja//Ansiosa, palpitante E não será com surpresa//Numa sublime inversão Que dócil e indefesa // Escrava da paixão A Presa domine a Fera!// Domesticada , saciada Eu vou beber da tua boca // Tragar os beijos teus E nela vou respirar// Arfante, malicioso Vou viajar nesse corpo// Mergulhar nessa alma cálida Soltar amarras do porto// Navegar em mar aberto Quero sentir teu gosto // Tecido de carinhos Misturado ao paladar.// Afogueado por intenso apetite. Tu serás meu prato exótico// Convidativo, sabor inusitado Vou provar tuas sensações,// Caminhando por tuas entranhas Vou provar cada mistura// Em toques de emoções E conseqüentes reações,// Explosões radiantes Teus sabores variados // Decorativos, inigualáveis Em variadas regiões!// Inóspitas, misteriosas Eu hei de ver em teus olhos // Nas retinas luminosas Que assim feliz eu te faço // Acorretando-te nos meus braços Sentir na respiração,// Ofegante, sussurrante No pulsar do coração// Suspirando, saltitante E na cadência dos gemidos//Descompassados, em frenesi Que eu; // E mais ninguém Quem marca o compasso!// Melodioso, sôfrego Deitado sobre esse corpo// Delineado com pincéis de amor Escorregadio, suado;// Ardente, febril Eu quero cama amassada// De desejos amarfanhada Eu quero lençóis molhados,// Pelas vertentes embriagadas Fêmea no cio e feliz// Possuindo-me por inteiro ao lado teu. E assim teu corpo me diz://Sou tua em todos os momentos. “Foi o desejo aplacado”!// Em cascatas de poesia que esmagaste. Aí, te olhando nos olhos // Mirando-te com ardor Com a ternura que tens // A inebriar os dias meus Eu vou te beijar na boca,// Calar -te com os lábios meus Como não beijo ninguém// Somente tu Provarás do teu sabor // Reecontrando sonhos E provavelmente agora//Bifurcando-me no exato ponto Eu trema a voz nessa hora// Calando rajadas como quem nada cala Mas vou chamar-te de amor!//Burilar o teu ardor. "Como é difícil o entendimento mútuo, meu querido anjo, e como o pensamento é incomunicável, mesmo entre pessoas que se amam!” JJ.Braga Neto e Marilândia TELA // PALAVRA POÉTICA Evaporam-se formas // Desfraldando Em cores, como prêmio // Amoroso lamento A tarde se colore // A simbolizar paixões Em árvores, e em sombras // Serenas águas Das luzes a ilusão // No silêncio que se verga Encerra-se no espaço // A transcender Do céu dentro de um frasco // Aflição que não é minha De vaporoso olor// Aroma de maresia Que os sentidos ativam// No ouro da paisagem Como não raro aos olhos// Silenciosa testemunha As flores de um jardim// Em vorazes labaredas Miguel// Marilândia

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