O DIA SEGUINTE AO DO AMOR// SEMPRE HEI DE RECORDAR (DUETO COM QUINTANA)
O DIA SEGUINTE AO DO AMOR// SEMPRE HEI DE RECORDAR
Quando a luz estender a roupa nos telhados // Ao abrir largamente as chamas que tarjam
E for todo o horizonte um frêmito de palmas// Sob asas de sonhos abertas na amplidão
E junto ao leito fundo nossas duas almas // Melhores que na morna estação ressurjam
Chamarem nossos corpos nus, entrelaçados, // Graves e vindos em silenciosa sofreguidão,
Seremos, na manhã, duas máscaras calmas // Sentindo nossas dores numa embriagante monotonia
E felizes, de grandes olhos claros e rasgados… // Após sublime ocaso de fascinações suspensas
Depois, volvendo ao sol as nossas quatro palmas, // Ao verter prodigiosos raios em sintonia,
Encheremos o céu de voos encantados!… // E mergulhando no in_finito impressões intensas!
E as rosas da Cidade inda serão mais rosas, // Tais colmeias de luzes da alvorada
Serão todos felizes, sem saber por quê… // Porquanto dentre missão enamorada...
Até os cegos, os entrevadinhos… // Na dolência duma dor maldita!
E vestidos, contra o azul, de tons vibrantes e violentos,// Como luares liriais, contemplativos
Nós improvisaremos danças espantosas//Ao som de harpas em melodia inaudita
Sobre os telhados altos, entre o fumo e os cata-ventos!// À sombra de lirismos sensitivos!
Mario Quintana// Marilândia Marques Rollo
Mario Quintana
(Dos livros ‘Para Viver Com Poesia’, publicado pela L&PM, e ‘Mário Quintana: Melhores Poemas’, sel
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